A Associação Nacional dos Advogados da União – ANAUNI vem a público manifestar o seu extremo repúdio à postura de membros que estão tentando minar o sucesso do movimento pela valorização da Advocacia-Geral da União.
Recentemente, houve mais uma nomeação para cargos em comissão no âmbito da Consultoria-Geral da União, cargos que estavam vagos em virtude de atitude altruísta de colegas que integraram o movimento.
Três diretores da Consultoria-Geral da União e dois Consultores da União, membros das carreiras de Advogado da União, Procurador Federal e Procurador da Fazenda Nacional, entregaram seus cargos; surpreendentemente, colegas de carreiras coirmãs, desprezando a atitude honrosa dos antigos ocupantes dos cargos em comissão, sem o menor pudor, assumiram parte dos referidos cargos, e mais recentemente um cargo de Coordenador-Geral também foi ocupado.
Nos últimos meses, e em caráter reiterado, percebe-se a publicação de várias designações de membros das quatro carreiras da Advocacia Pública Federal para o exercício de diversos cargos em comissão que vagaram em virtude da iniciativa daqueles que os deixaram em favor da melhoria da AGU. E isso se dá tanto no âmbito da atividade consultiva da Administração Federal como na área contenciosa.
Isso posto, a ANAUNI tem a colocar que o oportunismo de alguns “colegas” em assumir cargos de confiança, exatamente aqueles que vagaram pela altivez de outros, nesse cenário catastrófico pelo qual passa a Advocacia-Geral da União, compromete seriamente o sucesso do movimento de entrega de cargos. Essa postura evidencia um desrespeito inadmissível para com os demais que cumpriram com a palavra empenhada e com todas as carreiras que integram o movimento! Não bastasse, a ANAUNI questiona com que nobre finalidade tais serventes do status quo assumem designações para “administrar” o prédio em ruínas hoje sinônimo de AGU.
Diante disso, a ANAUNI os conclama a se reconciliarem com o sentimento dos colegas que efetivamente se engajaram nesse movimento. Do contrário, será a história que irá julgar esse oportunismo, decorrente da postura anacrônica em aceitar a designação para o exercício de cargo de confiança, num cenário em que a AGU se encontra em frangalhos. É certo que tais pessoas podem até dispor de certa autoridade, decorrente da atual sistemática de verticalização da cadeia de comando praticada na AGU; mas é igualmente certo que os mesmos não dispõem de qualquer legitimidade para aí se manterem, enquanto na contramão do movimento pela valorização da Advocacia-Geral da União.
A ANAUNI também conclama os colegas, dotados de um espírito público engajado no amadurecimento institucional da AGU, a intensificarem a luta pela aprovação das PECs 443/2009 e 82/2007 e pela conquista das prerrogativas e direitos inerentes aos membros da Advocacia Pública como um todo.
Finalmente, a ANAUNI manifesta sua fé de que tais conquistas virão à lume, com o apoio daqueles que efetivamente abraçaram a causa, e a despeito dos oportunistas de plantão – que procuram obter ganhos pessoais à custa dos infortúnios alheios e do país.